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Azar para uns, sorte para outros

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Isto mesmo, amigos. Azar para uns, sorte para outros. Estamos falando do número 13, dezena final que compõe o milhar 2013, indicativo do ano que ora se inicia.
Assim dizemos, porque muitas são as superstições existentes em torno do assunto. Os cristãos têm o número 13 como aziago, a partir do registro de que treze era a quantidade de pessoas na mesa da Santa Ceia, quando Jesus reuniu-se, Ele e seus doze apóstolos, na quinta-feira, véspera da sexta-feira da Paixão. Durante a ceia com os treze à mesa, Jesus previra a traição de Judas.
Na bruxaria, consta que, na Roma antiga, os bruxos, para traçarem suas ideias malignas, reuniam-se em grupos de 12 pessoas. O 13º componente era o demônio, figura central da sessão, entidade responsável pela malignidade do evento.
O número 13 sempre teve um significado especial, nas mais diferentes civilizações. Mas, para compreender este número, temos que entender antes o significado do número 12. Muitos mitos, deidades e heróis de crendices diversas aparecem na quantidade de 12. Os apóstolos foram 12. 12 foram os profetas, os 12 sábios, as 12 tribos de Israel, os 12 signos do zodíaco, as 12 horas do dia, 12 = uma dúzia, e assim por diante.
O 12 encerra um sistema completo, coeso e perfeito. O 12 passa a ideia de segurança, de algo que está estruturado, perfeito e inviolável.
O 13, então, significa a ruptura de tudo isso, a transformação, a destruição de uma ordem, pois, após ele, vem o número 14, que é o dobro do 7 que, por sua vez, é um número misterioso, porém bom. Após essa mudança, é possível continuar a evolução. O 13, como transformação, passa a ideia do desconhecido e, por isso, ele traz o “medo“. Haja vista o medo das pessoas de que o ano de 2013 seja um ano azarado, aziago, ruim.
O número 13 sempre foi temido e evitado. Acreditava-se que até sua simples citação poderia trazer má sorte. Por isso, nos contos de fadas das histórias infantis, o número 13 nunca era dito e era uma grande surpresa abrir a porta que sucedia a porta número 12.
A superstição de evitar 13 convidados à mesa veio da era cristã, pois transgrediu a perfeição do número 12, eram 13 à mesa, quando Judas traiu Jesus, como foi dito acima. Daí mais ainda a aversão ao número 13.
Acredite, a superstição e o azar estão ligados apenas à acomodação e a falta de fé, uma maneira de encontrarmos culpados para os nossos insucessos ou fracassos, muitas vezes resultantes da nossa própria falta de esforço e dedicação. Quando as coisas não acontecem, culpamos o azar. Quando tudo dá certo, aí sim, somos “sortudos”.
Mário Jorge Lobo Zagallo, ex-técnico da Seleção Brasileiro, fez do número 13 seu número de sorte, e com ele acha que fez muito sucesso, como jogador e como técnico, e muito ganhou na vida.
Infelizmente, o ser humano socializa apenas os fracassos. Devemos lembrar que a superstição está ligada à falta de conhecimento, mas, quando nos tornamos mais conscientes, nossa forma-pensamento se fortalece.
O 13 foi difamado de propósito, para que as pessoas não viessem a se beneficiar da magia que ele contém, que, aliás, como tantas “outras coisas” que viraram superstição pela ignorância e falta de conhecimento.
Herculano Costa


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